O objetivo geral do projeto «SPITAL – COMUNIDADE, fluxo contínuo de cuidados ao recém-nascido e ao lactente com risco acrescido de doença e morte» é prestar serviços médicos adequados e de qualidade ao recém-nascido e ao lactente, conduzindo a uma diminuição do número de mortes neonatais e infantis, com a melhoria dos indicadores de saúde da criança. A saúde é uma área com um impacto particularmente importante nos recursos públicos e na qualidade de vida, uma componente integral do capital humano nos países desenvolvidos, que aumenta a produtividade do trabalho e estimula o crescimento económico. A «saúde das mulheres e das crianças» é uma das principais prioridades de saúde pública em qualquer sociedade civilizada. A Roménia apresenta grandes disparidades na maioria dos indicadores de saúde em comparação com a média da UE, classificando-se frequentemente em último lugar ou num dos últimos lugares. Os subgrupos populacionais vulneráveis e mal servidos são os que registam os indicadores de saúde mais fracos. A nível nacional, a esperança de vida aumentou de forma constante, mas é inferior à média europeia (-6,2 anos entre os homens e-4,6 anos entre as mulheres, em 2013, segundo o Eurostat). A mortalidade infantil é ainda três vezes superior à média da UE, devido a fatores socioeconómicos relacionados com a pobreza e a falta de acesso aos serviços de saúde, juntamente com graves deficiências na prestação de serviços médicos, especialmente cuidados primários. O diagnóstico precoce e o tratamento precoce contribuiriam para uma melhor qualidade de vida e uma maior esperança de vida, especialmente entre as pessoas mal servidas devido à sua situação socioeconómica ou aos obstáculos à acessibilidade. Ao contrário de outros Estados, onde os custos que o doente tem de pagar são elevados e conduzem à pobreza, na Roménia, um importante fator de exclusão é a desigualdade de acesso, e não tanto os elevados custos financeiros. As desigualdades e os desempenhos negativos no setor da saúde na Roménia são diversos e constituem desafios complexos para o futuro: prestação de serviços de qualidade desigual, qualidade insuficiente dos programas de formação contínua dirigidos aos profissionais da área, bem como fraca capacidade institucional para definir e apoiar a implementação de mecanismos de melhoria contínua da qualidade. A definição de prioridades estratégicas é principalmente influenciada pelas lacunas nos indicadores de saúde e pela desigualdade no domínio da saúde, definidos como tal na Estratégia Nacional de Saúde (incluindo a mortalidade materna e infantil) e conhecidos por terem um impacto mais forte nos mais pobres e vulneráveis. O pessoal médico é fundamental para a realização de intervenções em domínios de saúde prioritários, como a saúde das mulheres aos pobres, vulneráveis e marginalizados