A REGINA desenvolverá um modelo estratégico inovador para proteger, promover e desenvolver o património cultural e natural. Este será composto por um conjunto de instrumentos de apoio à decisão adaptados às necessidades específicas dos municípios e das comunidades locais em regiões remotas e escassamente povoadas, cujas economias se caracterizam pela emergência e/ou predominância de uma única indústria baseada em recursos em grande escala. Essas estratégias terão por objetivo tirar partido da configuração local dos ativos territoriais (ambientais, de capital, humanos, sociais, etc.), a fim de garantir o desenvolvimento futuro mais vantajoso do ponto de vista económico, socialmente inclusivo e ambientalmente responsável. O processo de planeamento estratégico deve partir das aspirações e competências da comunidade local e das suas instituições. No entanto, estas competências são muitas vezes relativamente limitadas em comparação com as das empresas globais com as quais estão a lidar. O modelo REGINA procura complementar as competências locais através de contributos de peritos de instituições de investigação e de ligações de governação que acedam à «capacidade emprestada» de um leque mais vasto de órgãos de poder regional. Além disso, é enriquecida pelo intercâmbio de boas práticas com partes interessadas de outros países. O projeto procurará desenvolver melhores instrumentos e processos de tomada de decisão, como a modelização da prospetiva demográfica e económica, a análise espacial e abordagens de governação territorial para a comunicação e a participação das partes interessadas. Para além de responderem à expansão de atividades em grande escala baseadas em recursos, os instrumentos de planeamento estratégico devem também ser capazes de conceber abordagens inovadoras para a gestão do declínio ou da retirada dessas atividades.